As atividades da indústria da moda é uma das que mais polui o meio ambiente, devido a efeitos em cadeia como o uso de produtos químicos e gases que são liberados na atmosfera. O slow fashion aparece como alternativa sustentável ao universo da moda trazendo para os consumidores produtos mais “limpos”.
Nós consumidores, compramos itens da moda, mas não temos ideia de como funciona a escala de produção. Um dos principais materiais utilizados em confecção de peças de roupas é o poliéster, que só para a sua produção demanda o consumo de cerca de 70 milhões de barris de petróleo.
Vemos que o sistema de produção da moda prioriza a fabricação em larga escala, e isso envolve não apenas a questão de impacto ambiental, mas também o impacto social de produção devido a mão de obra muito barata e desvalorizada.
O que é slow fashion e quais seus princípios?
O slow fashion é uma tendência da moda que passou a aplicar os conceitos de sustentabilidade nos materiais e métodos de produção.
É um modelo baseado em princípios que preza pela diversidade, priorizando a produção local e o ciclo de vida do produto. Promove a consciência sócio ambiental, praticando preços que incorporam valores sociais e ecológicos, mantendo a produção em pequena e média escala.
Principais características do modelo slow fashion
Para entender melhor o movimento slow fashion é necessário conhecer algumas características principais:
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Valoriza os recursos locais
O slow fashion promove a valorização de produtores, recursos naturais e consumidores locais, dando mais espaço para as especificidades culturais. Ao contrário do método de produção globalizada, feita por grandes marcas que produzem peças padronizadas, desvalorizando os trabalhadores e com o alto consumo de recursos.
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Sistema de produção transparente
O modelo prega a transparência de informações, sempre informando a origem dos produtos, conferindo maior valor às empresas de menor escala.
De certa forma o consumidor se aproxima mais do produtor, estreitando laços, assim a relação consumidor/produtor gera mais responsabilidade de ambas as partes.
O produtor se sente na responsabilidade de fabricar um produto de qualidade e o consumidor sente responsabilidade em relação ao produtor, já que eles fazem parte da mesma comunidade.
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Redução do desperdício e reaproveitamento
Em 2018 foi divulgado que 85% das peças de vestuários consumidas por norte-americanos são destinados a aterro sanitário.
Um método empregado pela slow fashion para aumentar a vida útil das roupas é o remendo, uma forma de reciclar, tornar novo que já não era mais utilizado e que o destino seria o aterro sanitário, evitando o descarte precoce. Dessa forma as peças carregam uma história, a cultura local.
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O produto e o valor agregado
Ao reorientar a moda com princípios de sustentabilidade, o slow fashion considera os aspectos integrais do vestuário, não apenas a aparência, o produto passa a ter maior valor agregado.
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Valorização da formação de cooperativas
O movimento também valoriza a formação de cooperativas, a união de colaboradores para gerar um comércio mais justo.
A ideia é ter uma sociedade mais igualitária, com oportunidades para todos, descentralizando o poder de poucos e grandes grupos, permitindo um desenvolvimento criativo, valorizando a cultura do local.
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Diversidade de produtos
Os esforços são voltados para a diversidade ecológica, social e cultural, fugindo da padronização oferecida pelas grandes marcas onde as peças de roupas parecem todas iguais.
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O slow fashion trouxe uma proposta de uma nova oportunidade de desenvolvimento, onde o pilar mais importante é o consumo sustentável, abordando novas possibilidades para o universo da moda.