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Desenho de moda para estilistas e costureiras iniciantes

Desenho de moda para iniciantes Clube da Costureira

Oii pessoal, tudo bem?! Eu sou a Vânia Rosana dos Santos! Daqui para frente vamos nos falar bastante por aqui, viu?! Passo a integrar o time de colunistas do blog  da Maximus Tecidos e estou muito feliz e honrada em fazer parte desta equipe. Antes de começar a falar de desenho de moda, que tal a gente se conhecer melhor?!

Quero dividir um pouquinho da minha história, para que vocês entendam como me envolvi com o mundo da moda e da costura e me tornei uma profissional em desenho de moda.

Desde pequena, desenhava com muita facilidade. Na escola, todo mundo queria fazer os trabalhos de artes comigo, mas minha paixão mesmo era pelas bonecas de papel. Eu tinha uma coleção delas! Era sagrado: meu pai sempre as comprava aos domingos, depois da missa das 6h da manhã (eu fazia esse sacrifício para tê-las rs).

Comecei a criar roupinhas de papel para as minhas bonecas, porque achava aqueles modelitos cafonas demais (rs).  Foi então que notei que adorava desenhar roupas! Com nove anos, já sabia que queria ser estilista e criava as bonecas e roupas de papel para minhas amigas.

Anos mais tarde, me profissionalizei em curso em Campinas, São Paulo e antes mesmo de me formar na área de desenho de moda já estava trabalhando na área, desenvolvendo coleções para confecções. Mas com a chegada do meu primeiro filho, decidi que precisava ser mais mãe do que trabalhar em tempo integral. Foi quando ministrei minha primeira aula de moda e percebi que ensinar era o meu propósito profissional!

Hoje, dou cursos de Desenho de Moda pela internet, usando as réguas que criei: elas ajudam estilistas e costureiras a desenhar de forma descomplicada, prática e com resultado atraente.

Foto: Instagram @vaniarosana.design

Seja bem vindo e aproveite ao máximo as dicas. Espero que você se sinta inspirado(a)!

Neste meu primeiro post vamos conversar sobre:

Como fazer desenho de moda?!

A primeira ferramenta usada no mundo da moda para expor as ideias no desenvolvimento de uma criação é o desenho. É uma linguagem visual que possui uma mensagem para fins específicos, um esquema que ilustra de forma descomplicada determinado conceito.

A primeira associação que é feita entre o designer de moda e seu trabalho é o desenho, então, é preciso de alguma forma saber expressar sua criação. Mas, calma: não existe uma maneira certa para desenhar moda (embora as técnicas usadas – e modificadas – definam uma figura alongada), o seu estilo de desenhar é a melhor maneira para você e inevitavelmente será um desenho muito melhor!

Foto: @maximustecidos

Mas como é possível expressar visualmente uma ideia sem saber desenhar? Prestem atenção: apenas 5% das pessoas nascem com aptidão para o desenho, os demais só conseguirão resultado aprendendo e praticando. Por isso, o segredo está na prática! Praticar as linhas do desenho é apenas um dos requisitos para começar a expor sua criação, outra ainda mais importante é conhecimento.

É preciso conhecer os elementos, técnicas, formas, denominações do produto a ser criado. Já conheci vários acadêmicos do curso de moda que não possuem conhecimento da expressão das linhas que determinam costuras, caimento, volumes no desenho de moda. Como é possível materializar uma ideia sem o conhecimento técnico da roupa?

Vamos começar trabalhando com três itens para um bom desenho de moda!

1 – Identifique o seu estilo

O seu desenho,  sim, esse seu desenho que você rasga o papel toda vez  ao terminar. Sinta a sua inspiração genuína e sincera no seu traçado, identifique-se. Veja como é mais fácil para você esboçar, sem complicações. Diante de um resultado, pratique inúmeras vezes esse seu desenho.

 2 – Adquira conhecimento

Antes de praticar tenha o conhecimento. Precisamos conhecer o que vai ser criado. Quando digo conhecer, quero dizer, saber a forma desde o croqui até a peça pronta. Vamos lá, vou dar um exemplo: crio aqui, mentalmente, um vestido que possui mangas estruturadas (bufantes), com decote redondo profundo, cintura marcada e saia com pequena roda. 

– Pratique!

É claro que esse conhecimento é necessário muito além do papel. Precisamos saber qual o tecido adequado para o modelo, o corte do fio…  Com essa prática criaremos habilidade e com ela a perfeição!

Perfeito não no conceito de ser, mas sim no estado genuíno, autêntico. A prática aumenta as possibilidades, adquirindo proporções conscientes no desenho.  Desse desenho nasce a liberdade de expressão que tantos estilistas almejam!

Como desenhar croquis de saias e calças de maneira incrível!

Acho impressionante – e muito útil – a quantidade de opções dessas peças do vestuário feminino. Ao longo dos anos, muitas novidades apareceram com modelos democráticos e outros valorizando apenas alguns tipos físicos. Confortáveis e versáteis, saias e calças são responsáveis em compor looks que vão desde os mais casuais e modernos até os mais elegantes e requintados.

A dificuldade aparece quando costureiras e estilistas iniciantes na profissão se deparam com uma lista de nomes dessas peças, e acabam apenas “esboçando” um modelo no papel, dando só aquela explicadinha básica para o potencial cliente, o que acaba sendo muito superficial.

Bem, isso pode deixar de ser um problema para você. Posso afirmar que qualquer um (mas qualquer um mesmo!) pode usar as réguas para fazer um desenho de moda!

SAIAS

Para entender a trajetória das saias no tempo, é preciso definir saia como uma peça que tapa a parte inferior do corpo e que não possui divisão entre as pernas. Ela sobreviveu por diversos períodos e se adaptou aos costumes, tradições e padrões de cada época, ficando mais longa, curta, justa ou volumosa.

Já na metade de século XIV, período apontado por alguns historiadores como início do movimento estético chamado moda, a vestimenta passa a ser utilizada como forma de diferenciação social. No século XVIII, a vestimenta passa a ser amplamente usada como forma de demonstrar riqueza e diferenciar os nobres dos plebeus. Nos anos 20, Coco Chanel apresentou modelos com comprimento até o meio das canelas, sequinhas  e mais funcionais. Christian Dior deu glamour às saias com a criação do New look com modelos evasê e godê.

Foto: Pinterest

Em 1960 mais uma evolução da saia foi assinada pela estilista Mary Quant que apresentou pela primeira vez a minissaia, quebrando barreiras na época e popularizando o modelo. De lá para cá, a saia passou por inúmeras transformações, ganhando comprimentos, volumes e formas bastante variadas, tendo um modelo ideal para cada ocasião e gosto.

  • Identificando os comprimentos:
Foto: Instagram @maximustecidos

Os diversos tipos de saias podem ser vistos nas ruas e nas passarelas em modelagens bem diferentes: plissada, lápis, balonê, entre outros. Cada modelo com suas peculiaridades e conhecê-los é importante para desenvolver adequadamente a modelagem das peças. Agora vou mostrar os tipos de saias e modelos mais usados:

Foto: Pinterest

CALÇAS

Quando vovós de antigamente diziam que moças “desfrutáveis” estavam atrás de um par de calças, nem imaginavam que por muitos e muitos anos as mulheres correriam atrás de um par de calças por direito de vesti-las em público.

Por falar na expressão “um par de calças”, as vovozinhas tinham razão já que cada calça cobre uma perna, o que faz da peça um par. Sabia disso?!

Foi a escocesa Fanny Wright naturalizada americana, a primeira mulher a vestir calças masculinas em público. Imagine que isso ocorreu em 1825. Foi um frisson!

Não tem como negar que a calça comprida é a melhor escolha para o dia a dia e principalmente para quem quer conforto e, hoje podemos, com inúmeras vantagens, escolher modelos para tipos físicos, ocasiões…

  • Para você que quer desenhá-las considerando os comprimentos que determinam cada modelo, veja o desenho:
Foto: Pinterest
  • Diferenciando os modelos de calças:
Foto: Pinterest

*DICAS

Agora vou te dar alguns conselhos!

1 – Sempre esboce o corpo antes de “vestir” a figura de moda. Mesmo se for uma saia longa ou uma calça comprida é fundamental que o desenho das peças esteja adaptado às coxas, joelhos e tornozelos;

2 – Represente costuras, tecidos (caimentos) e recortes de forma prática e contextual, assim não haverá dúvidas nas descriminações na ficha técnica e modelagem;

3 – Ao fazer um croqui, a saia reta não é demonstrada como saia evasê e esta, não deve parecer com saia enviesada;

4 – O mesmo vale para as calças, a cropped não pode parecer com uma capri e vice-versa;

5 – Atente para detalhes e distinção de cada modelo, qual tecido recomendado, quais as variações de modelagem, enfim, será a SUA peça produzida. Embora terá um nome: flare, clochard, pantalona, skinny  e será feita por você e isso terá todo um diferencial.

Agora ao trabalho, lápis, borracha e papel na mão. Let’s go!

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