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Diário dos tecidos por Cami Nishida

Quando eu era criança, meu habitat natural era nos pés da máquina de costura, ao lado de retalhos e mais retalhos. Filha de uma exímia costureira, dona Katia, cresci vendo minha mãe transformar cortes de tecido em camisas para meu pai e vestidos para mim e minhas irmãs. Destino ou não, quase 25 anos depois, […]

Quando eu era criança, meu habitat natural era nos pés da máquina de costura, ao lado de retalhos e mais retalhos. Filha de uma exímia costureira, dona Katia, cresci vendo minha mãe transformar cortes de tecido em camisas para meu pai e vestidos para mim e minhas irmãs.

Destino ou não, quase 25 anos depois, agora casada, passo todos os dias rodeada de prateleiras de tecidos, vendo minhas clientes costurarem sonhos através de roupas, ao lado do meu marido e minha sogra, que fez meu vestido de noiva literalmente com as próprias mãos.

Por muito tempo, ter uma costureira, foi sinônimo de requinte, afinal, fazer roupas sob medida é um dos jeitos mais exclusivos de se vestir. Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia no setor do vestuário, esse hábito acabou se perdendo e dando espaço ao consumo de produções feitas em escala.

Eu, como filha e nora de costureira, trago comigo o hábito de mandar fazer minhas próprias roupas até hoje e levanto orgulhosa essa bandeira. É claro que ainda vou às lojas e consumo roupas prontas, como toda pessoa comum.

Mas sabe aquela ocasião especial que você quer um vestido diferenciado? Ou uma calça de corte reto que você não encontra um modelo que te veste bem? Então, são nesses casos que a minha costureira recebe uma ligação minha.

É muito comum, principalmente para nós, mulheres, idealizarmos uma peça e não a encontrarmos para comprar depois. Nesse caso, porque não fazê-la sob medida? Basicamente, foi assim que nasceu essa pantacourt off white que estou vestindo nessa foto. Há tempos eu procurava por uma calça de alfaiataria dessa cor, que me vestisse bem tanto pra uma ocasião mais formal, quanto casual.

Como uma típica descendente oriental, tenho um biótipo mais reto, sem muitas curvas e pouco quadril, o que sempre me trouxe dificuldade para encontrar uma calça de alfaiataria que me vestisse bem. E por “vestir bem” entenda: não ficar justa demais, mas também não sobrar e ter um caimento estruturado, que proporciona costuras retas e definidas, como uma boa peça de alfaiataria. Complexo né? Para comprar pronta, sim. Para mandar fazer sob medida, nem tanto.

O tecido que escolhi para confeccionar essa pantacourt se chama crepe alfaiataria. Como o próprio nome já diz, é um tecido indicado principalmente para peças desse estilo. A diferença desse crepe para outros tecidos usados em roupas de alfaiataria (como aqueles usados em trajes masculinos, por exemplo) é que, por ser de fibra sintética, nós o encontramos de todas as cores possíveis. Enquanto que os tradicionais por levarem normalmente um pouco de fibra natural como lã ou fibra de bambu, tem o tingimento mais restrito e é normal encontrarmos apenas em cores neutras como preto, cinza ou azul marinho.

O crepe alfaiataria é um tecido mais encorpado, o que ajuda a não marcar demais o corpo e ainda dá estrutura pra roupa. Ele é o tecido ideal para fazer peças como calças pantalona e pantacourt, vestido tubinho estilo secretária, saia lápis e blazer. No meu caso, esse blazer da foto não é desse mesmo tecido, eu o comprei pronto e ele é de brim, um tecido de algodão, perfeito pra usar como terceira peça no verão, já que é de fibra natural e não retém tanto calor.

Sempre digo que tecido é base. Uma roupa, antes de tomar qualquer forma, é um pedaço reto de tecido sobre a mesa. A modelagem, o caimento e a estrutura só vão harmonizar entre si se o tecido estiver adequado. É ele que fica em contato com a sua pele, que te protege do frio, ou ameniza o calor.

A elegância de uma mulher bem vestida começa por dentro e termina por fora, no tecido que ela carrega sob o corpo. Se a moda fosse um livro, tecidos seria seu primeiro capítulo.

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Comentários

7 respostas

  1. Não entendi, você manda fazer as roupas??? Como você escreve sobre tecidos e costura se não sabe costurar???

    1. Olá, Tania! Sim, mando fazer minha roupas com costureiras da minha cidade. Não, não sei costurar. Escrevo sobre tecidos porque sou especialista nisso. E talvez você tenha se enganado, pois eu nunca escrevi um artigo sobre costura. O que falo sobre o assunto envolve detalhes como a importância de um bom corte, de uma modelagem adequada ao biótipo, da importância de detalhes como forro… ou seja, o básico que toda pessoa que trabalha com moda deve saber. Cada profissional tem uma área no qual ele é especialista. Assim como uma costureira por não ser especialista em modelagem, eu estudo há anos sobre tecidos e busco me especializar cada vez mais sem ainda saber costurar. Espero que eu tenha tirado sua dúvida 🙂

  2. Parabéns costureira pois assim vc se tornará cada vez mais uma Costura de Sucesso amei o depoimento me ajudou a confiar nas costuras que eu faço.

  3. Sempre assisto seus vídeos e gosto muito. Me tire uma dúvida por favor, a loja tem tecido tweed? Sempre procuro e não acho. As roupas desse tecidos ficam chiquerrimas e próprias para o inverno, não acha?

  4. Também sou apaixonada por moda, sou costureira sob medidas e adoro criar amo costurar.

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  6. Estou adorando conhecer os tipos de tecidos pois nem os vendefored nos ajudam nesse nivel de conhecimento. Grats Regina

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